Celebramos discussões sobre as mais variadas
temáticas.
Hoje é a acessibilidade.
A idéia geral de acessibilidade se reporta
aos portadores de necessidades especiais.
Estes são os que mais precisam,
contudo, a acessibilidade diz respeito a todos.
Não há como deixar de observar as complicações que estão ocorrendo nas
ruas, avenidas e estradas brasileiras.
Alguns reconhecem o caos.
Está ruim e
difícil, mas, não sejamos extremados. O Brasil precisou e muito dos empregos
gerados pelas montadoras e por isso, os incentivos e os financiamentos
ocorreram e proporcionou a muitos brasileiros o acesso ao seu automóvel.
Isso é
fato.
Nos últimos dez anos, coincidentemente com governos petistas, o Brasil
teve um extraordinário desenvolvimento e aumento da renda retirando milhões de
pessoas da condição de indignidade humana – que é a pobreza extrema.
A classe
média brasileira foi expandida e a base de consumo de automóveis acompanhou.
Perfeitamente natural afinal o automóvel era também uma afirmação social. Hoje,
o momento é outro.
Moderno é utilizar transporte público, bicicleta ou
programar um sistema de carona solidária.
Por falar em alternativa e
modernidade é tempo de se propor algum tipo de incentivo fiscal e legal a
substituição do automóvel – quando possível – pelas bicicletas ou motocicletas
elétricas ou movidas com combustíveis alternativos e menos poluentes.
Necessário implementar nas cidades ciclovias, áreas seguras para estacionamento
e inclusive, as próprias empresas incentivarem esse tipo de transporte como indutor
da qualidade de vida e da saúde de seus funcionários, criando as condições para
que isso ocorra.
Essa mudança comportamental irá ocasionar maior espaço, menos
poluição e condições para que o poder público possa promover a acessibilidade
dos portadores de necessidades especiais e de pedestres que cada vez mais são
forçados a disputar com os automóveis o espaço das calçadas, ruas e avenidas.
Não importa quem esteja no governo, é pouco provável que alguém encontre uma
solução racional para que não ocorram congestionamentos, acidentes, perdas de
vida, patrimônio e violência, sem que busque-se uma solução alternativa.
Vamos
pensar o automóvel de passeio, para o passeio.
Hilda Suzana Veiga Settineri